segunda-feira, 3 de junho de 2013

depoimento da professora Ivânia Lucas Fornaziero da Silva



 Sou filha caçula e me lembro de que, quando tinha por volta dos 4 ou 5 anos, os meus irmãos já sabiam ler e escrever, e eles eram o meu incentivo, pois como  toda criança, quando os via lendo gibis, livrinhos e mesmo fazendo as tarefas escolares, tinha muita vontade de ir à escola com o objetivo de aprender a ler e escrever também, para poder fazer as mesmas “coisas” que eles faziam. Aos finais de semana, minha mãe nos levava às missas dominicais e imitando os meus irmãos, pegava o folheto. Lembro-me que ficava o tempo todo perguntando a minha mãe onde estavam lendo, pois queria "acompanhar". No momento dos cânticos, como esses eram sempre os mesmos, eu os decorava e na hora que eram executados, como os sabia de cor, pegava o folheto e acompanhava o canto como se estivesse lendo. Achava aquilo o máximo, pois em minha inocência, imaginava que as pessoas sentadas próximas a mim, acreditavam que eu estava realmente lendo.
        Já em minha adolescência lia muito a revista Capricho, a adorada dos adolescentes.   Hoje quando leio, consigo entrar na história e imaginar as cenas do que estou lendo.
        Acredito que a leitura deve ser estimulada desde a infância. Tenho uma filha de 2 anos que já se interessa em ver revistas e pede para que eu leia as histórias para ela, assim, aproveito e sempre compro livrinhos para que ela, desde cedo seja estimulada e incentivada com a leitura.
        Também procuro estimular meus alunos a lerem. Sou professora da Rede Municipal no Ciclo I. No ano passado, tinha uma turma de 4º ano e somos orientados a todos os dias fazer no início da aula a chamada leitura deleite (é para os alunos se deleitarem) e seguindo as orientações, todos os professores iniciam o dia com a leitura. Lemos os diversos gêneros textuais e me recordo que no 2º bimestre recebi um aluno novo e este aproveitou que fazíamos a leitura diária e levou para que eu lesse para a sala, o livro infantil DIÁRIO DE UM BANANA de Jeff Kinney . Como o livro possui muitas páginas, lia uma parte por dia e os alunos ficavam sempre atentos e pedindo para eu continuar. Antes de terminar a leitura completa, algumas crianças se interessaram tanto pelo livro que também o compraram. No final do ano letivo quase todos os alunos possuíam pelo menos um exemplar da coleção e alguns tinham a coleção completa. Os que não possuíam todos emprestavam dos colegas para poderem ler. Esse aluno que "apresentou" o livro à classe não estuda mais com eles, mas ele conseguiu despertar em toda a classe o prazer da leitura. Este ano, a professora que está com a turma me relatou que as crianças continuaram comprando os livros e lendo muito.

Um comentário:

  1. gostei muito do seu depoimento e também acredito que realmente essa competência tem infinitas aplicações em nossas vidas!

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